🇧🇷 A Febre Dourada de 2026: Mais de 70% dos institucionais do Goldman Sachs projetam valorização do ouro em 2026. Entenda os fatores por trás dessa tendência e como investir. - DIÁRIO DO CARLOS SANTOS

🇧🇷 A Febre Dourada de 2026: Mais de 70% dos institucionais do Goldman Sachs projetam valorização do ouro em 2026. Entenda os fatores por trás dessa tendência e como investir.

Por Que 70% dos Institucionais do Goldman Sachs Apostam em Mais Valorização do Ouro

Por: Carlos Santos



O Ouro Brilha no Horizonte da Incerteza

Em um cenário global marcado por tensões geopolíticas persistentes, incertezas fiscais e a constante reavaliação das políticas de bancos centrais, o ouro reafirma sua ancestral função de porto seguro e reserva de valor. Eu, Carlos Santos, vejo nesta commodity não apenas um metal precioso, mas um termômetro fidedigno da ansiedade e da cautela que permeiam as mesas de negociação mais estratégicas do planeta.

A mais recente sinalização de peso veio de uma pesquisa conduzida pelo Goldman Sachs. O dado é eloquente e merece nossa atenção imediata: mais de 70% dos investidores institucionais consultados projetam uma nova e significativa valorização do ouro em 2026. Essa pesquisa, realizada na plataforma Marquee entre os dias 12 e 14 de novembro com mais de 900 gestores, indica a continuidade de um forte apetite pelo metal, dando sustentação a um ano que já se mostrou de intensa demanda global. A reportagem completa, que trouxe à tona esse relevante levantamento, pode ser conferida no portal Times Brasil.

Mais de 70% dos investidores institucionais consultados projetam uma nova e significativa valorização do ouro em 2026



A Continuidade de um Apetite Histórico

A projeção de um avanço na cotação do ouro, vinda de um universo de investidores que gerencia trilhões, não é um mero palpite de mercado; é uma leitura estratégica do ambiente macroeconômico. Esses gestores estão avaliando não apenas a oferta e a demanda tradicionais, mas, sobretudo, os riscos sistêmicos que continuam a pautar as decisões de alocação de capital em escala global. O ouro, nesse contexto, surge como o contraponto tático à volatilidade e à desconfiança que pairam sobre as moedas fiduciárias e até mesmo sobre alguns ativos tradicionalmente considerados seguros, como os títulos de dívida de potências ocidentais.


🔍 Zoom na realidade

O percentual de mais de 70% dos gestores institucionais que veem o ouro em alta não é apenas um número, é um reflexo do desalinhamento percebido entre as promessas de estabilidade econômica e a realidade da dívida crescente e da geopolítica turbulenta. Para os grandes players do mercado, a realidade atual é multifacetada e exige uma alocação defensiva, porém com potencial de crescimento.

Essa realidade é cimentada por três pilares interconectados que sustentam a tese de valorização do metal:

  1. A Persistência da Dívida e do Déficit Fiscal: Globalmente, as principais economias, notavelmente os Estados Unidos, continuam a operar com déficits fiscais elevados. A contínua impressão de moeda para financiar essa dívida gera uma desconfiança estrutural na solidez do sistema fiduciário, empurrando o capital institucional para ativos tangíveis e descorrelacionados.

  2. O Papel dos Bancos Centrais: A demanda oficial por ouro tem sido um motor fundamental. Bancos centrais, principalmente de economias emergentes, estão diversificando ativamente suas reservas, reduzindo a exposição ao dólar em meio às incertezas geopolíticas e ao risco de sanções. Segundo o Goldman Sachs, essa demanda oficial deve permanecer robusta, com projeções de compras significativas nos próximos anos.

  3. A Expectativa de Flexibilização Monetária: Embora o timing seja debatido, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) eventualmente comece a cortar as taxas de juros no futuro serve como um forte catalisador. Juros reais mais baixos diminuem o custo de oportunidade de se manter o ouro (que não gera rendimento) e tornam o metal mais atraente em comparação com os títulos de renda fixa.

Destaque: As projeções mais arrojadas do próprio Goldman Sachs, que apontam o ouro podendo atingir até 4.900,00 por onça-troy no cenário mais otimista até o final de 2026, mostram o quão séria é essa convicção. A cotação base, mais conservadora, já indicava a força do ativo, mas o otimismo institucional demonstra que o cenário de "risco de cauda" (eventos extremos) está sendo precificado com maior peso. A realidade atual não permite a negligência com o capital de proteção.


📊 Panorama em números

A análise da tendência do ouro para 2026 ganha robustez quando confrontada com dados concretos e as projeções numéricas apresentadas por grandes instituições. O Panorama em Números confirma que a valorização do metal não é um evento isolado, mas sim um movimento estrutural de longo prazo.

  • Percentual de Otimismo Institucional: Conforme a pesquisa do Goldman Sachs, mais de 70% dos gestores consultados na plataforma Marquee veem o ouro se valorizando.

  • A Demanda dos Bancos Centrais (BCs): A demanda oficial é um pilar. Projeções indicam que os BCs continuarão sendo grandes compradores, com estimativas de aquisição de dezenas de toneladas de ouro por ano em 2025 e 2026. Essa compra constante e estratégica atua como um piso de preço e limita correções.

  • Projeções de Preço (Otimistas): Instituições financeiras globais elevam suas estimativas. O Goldman Sachs projeta que, sob certas condições favoráveis, o preço do ouro possa chegar a 4.900,00 por onça-troy até o final de 2026, com o cenário base já sendo robusto.

Instituição FinanceiraProjeção (Final de 2026)Fator Chave Citado
Goldman SachsAté 4.900,00 por onça-troyForte demanda dos Bancos Centrais e juros reais mais baixos
J.P. MorganAcima de 4.000,00 por onça-troy (2º tri/2026)Proteção contra riscos sistêmicos e volatilidade
  • Desempenho Histórico Recente: O ouro tem superado o desempenho de outras classes de ativos em janelas de tempo recentes, com valorizações acumuladas que, em alguns momentos, ultrapassaram a marca de 50% em um único ano, evidenciando seu papel de destaque em portfólios defensivos e de crescimento.

Esses números desenham um quadro onde o ouro não é mais visto apenas como um hedge contra a inflação, mas sim como um ativo de retorno potencial, impulsionado por uma combinação de política monetária global em transição e o aumento da incerteza geopolítica, o que atrai tanto o capital de proteção quanto o especulativo.


💬 O que dizem por aí

O coro das grandes vozes do mercado ressoa em uníssono com a pesquisa do Goldman Sachs, reforçando a tese de que a escalada do ouro não é um fogo de palha, mas sim uma tendência com fundamentos sólidos. O que dizem por aí transcende o trade de curto prazo e se concentra nas forças estruturais que estão remodelando a alocação de ativos globais.




A narrativa dominante entre gestores de fundos e estrategistas-chefes concentra-se no conceito de desdolarização e no regime de incerteza fiscal.

Citação Relevante: "Para 38% dos gestores consultados [na pesquisa do Goldman Sachs], a demanda oficial — impulsionada por incertezas geopolíticas e busca por ativos neutros — é o fator decisivo para sustentar preços elevados."

— Times Brasil, reportando a pesquisa do Goldman Sachs.

A demanda oficial, notadamente a dos bancos centrais, é a prova material de que as nações estão buscando um ativo que não esteja sujeito ao risco de sanções ou à política cambial de uma única superpotência. Este é um movimento lento, mas extremamente poderoso, de diversificação macroeconômica.

Adicionalmente, grandes investidores value e macro argumentam que a persistência de uma inflação acima da meta em diversas regiões, aliada à montanha de dívida governamental, torna o ouro a proteção ideal. O metal, sendo um ativo sem passivo, representa uma defesa contra a erosão do poder de compra e o risco de calote (embora remoto) em títulos soberanos.

Outra perspectiva crucial é a relação inversa entre o ouro e os juros reais (taxa de juros nominal menos inflação esperada). A crença de que os bancos centrais terão que manter a inflação sob controle, sem, no entanto, poderem apertar o crédito de forma excessiva devido aos altos níveis de endividamento, sugere um futuro de juros reais baixos.

Em suma:

  • Ray Dalio (Bridgewater Associates): Continua a recomendar uma alocação significativa no metal, comparando o cenário atual de dívida e impressão de moeda aos anos 1970, um período de forte ascensão do ouro.

  • Carson Block (Muddy Waters Capital): Destaca o potencial de valorização em empresas mineradoras, sugerindo a consolidação do setor como um reflexo direto do otimismo estrutural com o preço do metal.

O consenso se estabelece: em um mundo de risco sistêmico crescente, a simplicidade e a universalidade do ouro são o apelo mais forte.


🧭 Caminhos possíveis

Diante do otimismo institucional e dos fundamentos macroeconômicos que endossam a alta do ouro, o investidor brasileiro e global se depara com um leque de Caminhos Possíveis para participar dessa tendência, cada um com seu próprio perfil de risco e complexidade. A diversificação na forma de exposição ao ouro é a chave para otimizar a estratégia.




  1. Ouro Físico e Ativos Lastreados (ETFs):

    • Ouro Físico: A forma mais tradicional, que oferece a tangibilidade e o menor risco de contraparte. No entanto, envolve custos de custódia e seguro.

    • ETFs (Exchange Traded Funds): A maneira mais líquida e acessível para o investidor institucional e de varejo. Fundos que replicam o preço do ouro, comprando o metal físico em seu nome. A facilidade de negociação em bolsa o torna ideal para a alocação tática.

  2. Ações de Mineradoras:

    • Investir em empresas de mineração de ouro (como as citadas na pesquisa, como a Newmont ou a canadense Snowline Gold) oferece uma exposição alavancada ao preço do metal. Se o preço do ouro sobe, a margem de lucro dessas empresas tende a aumentar de forma desproporcional. Contudo, este caminho traz o risco do negócio específico (gestão, custos operacionais, riscos ambientais).

  3. Contratos Futuros e Derivativos:

    • Opção para investidores mais sofisticados e com maior apetite a risco. Permite a alavancagem máxima, mas também expõe a perdas substanciais. É o principal instrumento utilizado pelos grandes investidores institucionais para hedge e especulação de curto e médio prazo.

  4. Fundos Multimercado e Fundos de Fundos (FoFs):

    • Uma abordagem mais passiva, onde o gestor profissional decide o melhor momento e a melhor forma de exposição ao ouro (seja através de ETFs, ações ou derivativos), inserindo-o em uma carteira diversificada. É ideal para quem busca a exposição sem a necessidade de acompanhar o mercado de commodities diariamente.

Risco e Retorno: Em todos os caminhos, a máxima permanece: a exposição ao ouro deve ser vista como uma alocação estratégica de longo prazo, de 5% a 15% do portfólio, conforme o perfil de risco, e não como uma aposta especulativa de curto prazo. O metal atua como o colchão defensivo em momentos de turbulência.


🧠 Para pensar…

A contínua valorização do ouro levanta uma questão filosófica e prática crucial para a saúde do sistema financeiro global: o que a persistente busca por um ativo sem rendimento (ouro) diz sobre a confiança nos ativos que prometem rendimento (títulos, ações)?

Essa é a grande reflexão do bloco Para pensar…. O metal precioso, em sua essência, não produz nada. Ele não paga dividendos, não distribui juros e não gera fluxo de caixa. Sua valorização é puramente um reflexo da desconfiança – a desconfiança na estabilidade das moedas fiduciárias, na responsabilidade fiscal dos governos e na capacidade dos bancos centrais de gerenciar a economia sem recorrer à inflação ou a intervenções distorcidas.

O que o otimismo de 70% dos gestores institucionais nos ensina é que uma parcela gigantesca do capital global não está mais disposta a aceitar o risco soberano de forma irrestrita.

Tópicos para aprofundar a reflexão:

  • O Fim da "Calmaria" Fiscal: O ouro em alta sugere que a era de "juros baixos para sempre" e o financiamento fácil de déficits fiscais está sob escrutínio. Os investidores estão precificando um futuro onde as contas públicas desequilibradas precisarão ser resolvidas de alguma forma, e o ouro é uma proteção contra as soluções menos agradáveis (inflação elevada ou reestruturações de dívida).

  • A "Caixa-Preta" Geopolítica: O aumento da demanda oficial por bancos centrais reflete uma crescente polarização global e a instrumentalização da moeda. O ouro é um ativo neutro, imune a embargos e sanções. A busca por essa neutralidade é um forte sinal da deterioração das relações internacionais.

  • O Valor Intrínseco da Escassez: A valorização contínua do ouro celebra o conceito de escassez em uma economia onde a liquidez (dinheiro fiduciário) é virtualmente infinita. Em um mundo onde o dinheiro pode ser "impresso" a toque de caixa, a impossibilidade de aumentar drasticamente a oferta de ouro confere-lhe um valor intrínseco de estabilidade.

Portanto, pensar no ouro é ir além do preço. É refletir sobre a estrutura do sistema monetário global e a inevitabilidade de que as escolhas políticas e fiscais de hoje se manifestarão em desequilíbrios amanhã. E, para essa realidade, o metal dourado continua sendo a resposta mais consistente para o capital que busca permanecer capital.


📚 Ponto de partida

Para o leitor que deseja iniciar ou aprimorar sua alocação no metal, é fundamental estabelecer um Ponto de Partida sólido, baseado em conhecimento e estratégia, e não em impulso especulativo. Entender o ouro como um componente de diversificação de risco é o primeiro passo para o sucesso.

1. Entenda as Métricas do Ouro

  • Preço por Onça-Troy: O ouro é cotado internacionalmente em dólares americanos por onça-troy. É essencial acompanhar essa cotação e não apenas o preço de varejo no mercado local.

  • Juros Reais: O principal motor de curto e médio prazo. Acompanhe as expectativas do mercado para a inflação e a política de taxas de juros do Fed. Se os juros reais caem, o ouro tende a subir.

2. Escolha o Veículo Adequado

Conforme discutido, a escolha do veículo de investimento deve alinhar-se ao seu perfil e ao tamanho do seu patrimônio.

  • Para o Iniciante: ETFs lastreados em ouro que replicam o preço internacional são a opção mais simples, segura e líquida.

  • Para o Intermediário: Adicionar uma pequena porcentagem em ações de mineradoras sólidas pode fornecer um potencial de alavancagem, mas requer análise de balanço da empresa.

3. Estabeleça a Proporção Ideal

A maioria dos consultores financeiros de longo prazo recomenda uma alocação conservadora no ouro, tipicamente entre 5% e 10% do portfólio. Esse percentual é suficiente para fornecer o hedge (proteção) desejado sem comprometer o retorno geral da carteira em ciclos de alta de ações e títulos.

4. Visão de Longo Prazo

O ouro não é um ativo para enriquecimento rápido. É uma apólice de seguro contra a instabilidade sistêmica e a inflação descontrolada. Mantenha a visão de longo prazo (mínimo de 3 a 5 anos) e evite tentar "cronometrar" o mercado. A valorização de 2026, projetada pelos institucionais, é uma expectativa de continuidade da tendência, o que reforça a tese de manter a posição, e não de negociá-la freneticamente. O Ponto de Partida é a consciência de que a paciência e a disciplina são tão valiosas quanto o próprio metal.



📦 Box informativo 📚 Você sabia?

O ouro possui uma história milenar, e seu papel no sistema financeiro global passou por transformações dramáticas. Para desmistificar o metal e entender a origem de sua importância inabalável, dedicamos este Box Informativo.

Você Sabia? O ouro já foi o pilar do sistema monetário global através do Padrão-Ouro, um regime que, embora extinto, ainda influencia a forma como o ativo é percebido.

O Padrão-Ouro: Um Breve Resumo

O Padrão-Ouro foi um sistema monetário internacional no qual o valor da moeda de um país era diretamente atrelado a uma quantidade fixa de ouro. O principal objetivo era garantir que a moeda fosse conversível em ouro a uma taxa pré-determinada, conferindo estabilidade e limitando a capacidade dos governos de inflacionar suas moedas.

  • O Apogeu (Século XIX): O sistema atingiu seu auge na segunda metade do século XIX, proporcionando uma era de relativa estabilidade cambial e comercial. As nações concordavam em comprar ou vender ouro em troca de sua moeda nacional.

  • O Fim de Bretton Woods (1971): A versão final do sistema, estabelecida em 1944 nos Acordos de Bretton Woods, atrelava o dólar americano ao ouro e as demais moedas ao dólar. Esse sistema foi definitivamente abandonado em 1971 pelo Presidente Richard Nixon, movimento conhecido como o "Choque Nixon". A partir desse momento, o dinheiro global passou a ser inteiramente fiduciário (emissão baseada na confiança, sem lastro físico).

Por que isso é importante hoje?

A memória institucional do Padrão-Ouro é o que confere ao metal sua força psicológica. Mesmo sem lastrear formalmente moedas, o ouro continua sendo a moeda de última instância — um ativo que os governos não podem criar e que o sistema financeiro global sempre aceita como garantia.

Fato Curioso: Historicamente, a maior parte do ouro já extraído no mundo ainda existe, principalmente na forma de joias, reservas de bancos centrais e barras de investimento. Estima-se que, se todo o ouro do mundo fosse derretido, ele formaria um cubo com lados de cerca de 22 metros. A escassez é física e absoluta.

O conhecimento sobre a história monetária do ouro ajuda a justificar por que, em momentos de crise de confiança no dinheiro fiduciário, os investidores institucionais recorrem a esse ativo com tamanha unanimidade, como atesta o dado de mais de 70% do Goldman Sachs. Eles não estão apostando apenas no futuro, mas sim honrando a história monetária.


🗺️ Daqui pra onde?

A pergunta Daqui pra onde? não se limita a saber se o preço do ouro vai subir ou cair, mas sim a entender as implicações de um futuro onde a classe de investidores mais sofisticada do mundo demonstra uma preferência tão acentuada por um ativo de proteção em detrimento de outros de crescimento. O destino traçado é de um mercado financeiro global em reconfiguração estrutural.

A alta projeção de 2026, com mais de 70% dos players do Goldman Sachs a favor da valorização, aponta para três direções cruciais:

  1. A Ascensão do Risco Geopolítico como Fator Econômico Primário:

    • As tensões globais (conflitos regionais, disputa por hegemonia, risco de sanções) não são mais vistas como eventos isolados, mas sim como o novo normal. O capital flui para o ouro porque é a única grande reserva de valor que não pertence a nenhuma jurisdição política, sendo o hedge mais eficaz contra a "guerra financeira".

  2. O Limite da Credibilidade Fiscal:

    • A projeção de valorização do ouro sinaliza que o mercado institucional está precificando que os governos do G7 podem ter chegado ao limite em sua capacidade de financiar déficits apenas com base na confiança. O ouro atua como um voto de desconfiança na sustentabilidade das trajetórias de dívida.

  3. A Oportunidade em Ativos Correlacionados:

    • Se o ouro vai para cima, outros ativos do complexo de metais preciosos (como a prata) e o setor de mineração se beneficiam. Os gestores estarão movendo capital para as mineradoras de forma seletiva, buscando empresas com baixo custo de extração e boas reservas, transformando o otimismo do preço em lucro operacional.

Daqui pra onde? Para um cenário em que a prudência é a nova ambição. O ouro em ascensão sugere que os investidores estão se preparando para um futuro com menos crescimento e mais incerteza, onde a preservação do capital é a prioridade máxima. A visão dos institucionais é clara: a valorização em 2026 será mais uma etapa em um ciclo de longo prazo, impulsionado pela fragilidade inerente ao sistema monetário atual.



🌐 Tá na rede, tá online

“O povo posta, a gente pensa. Tá na rede, tá online!"

A repercussão de uma pesquisa do Goldman Sachs sobre o ouro, que atinge mais de 70% de aprovação institucional para a alta, reverbera instantaneamente nas mídias sociais e nos fóruns de discussão sobre investimentos. O debate online, embora muitas vezes simplificado, capta a essência da ansiedade do investidor individual.

O que se vê nas redes é um misto de:

  1. Euforia Atrasada: Muitos investidores de varejo expressam o arrependimento de não terem entrado no ativo mais cedo, vendo a notícia como uma confirmação tardia do que já era uma tendência. As postagens se concentram em metas de preço ambiciosas e na busca por "o que comprar agora".

  2. Ceticismo (e Busca por Hedge): Uma parcela da comunidade digital questiona se o "grande dinheiro" está apenas tentando valorizar suas próprias posições, mas, ironicamente, muitos desses céticos acabam comprando o metal como hedge contra a própria desconfiança que expressam. A busca por vídeos e análises sobre como comprar ouro (ETFs, fundos, vaulting) atinge picos.

  3. A Narrativa do Colapso: O otimismo com o ouro é frequentemente ligado, em fóruns menos formais, a teorias de colapso econômico e desvalorização massiva de moedas. Embora o fundamento do ouro seja a proteção, a internet amplifica essa narrativa para um tom apocalíptico, o que atrai, e assusta, novos investidores.

Análise: O grande valor do "Tá na rede, tá online!" não é a precisão técnica, mas a psicologia de mercado que ele reflete. A unanimidade dos grandes gestores institucionaliza o medo e a cautela, transformando-os em uma tendência de investimento. O investidor individual, ao ver essa notícia, sente-se validado em sua própria incerteza e é incentivado a seguir o fluxo do "dinheiro esperto". A alta taxa de engajamento nas redes com o tema prova que a crise de confiança é a commodity mais viral do momento, e o ouro é seu símbolo.



🔗 Âncora do conhecimento

Para quem acompanha o mercado financeiro com a seriedade que o momento exige, é imperativo ter acesso a análises aprofundadas que desvendam as complexidades dos grandes movimentos de capital. Compreender o contexto atual é fundamental para tomar decisões bem informadas.

O movimento do ouro, com mais de 70% dos institucionais projetando valorização, está intrinsecamente ligado à dinâmica mais ampla dos mercados globais, incluindo a renda variável e as políticas monetárias. A perspectiva da valorização do metal precioso dialoga diretamente com as análises detalhadas sobre o desempenho de índices como o Ibovespa, que também buscam reajustar suas expectativas frente a um cenário internacional de cautela crescente. Para aprofundar seu entendimento sobre como o risco global e o cenário de política monetária afetam os ativos brasileiros, e como diferentes classes de ativos se comportam nesse ambiente, clique aqui e continue a leitura em nossa análise sobre a dinâmica do mercado local.



Reflexão final

O ouro não é apenas um ativo; é um atestado de responsabilidade. Quando a esmagadora maioria dos grandes investidores institucionais, que possuem acesso às análises mais refinadas e aos insights mais profundos, projeta uma valorização contínua do metal, isso não deve ser ignorado. A aposta de mais de 70% deles para 2026 é um voto de desconfiança na previsibilidade do futuro e um endosso à necessidade de ter um lastro em um mundo cada vez mais etéreo em termos financeiros.

A febre dourada que se projeta para 2026, portanto, não é sobre a busca por um grande lucro, mas sim sobre a preservação da riqueza em face do risco sistêmico. Que essa unanimidade nos sirva de inspiração: em um mercado onde a incerteza é a única certeza, a alocação prudente no metal é a grande lição de casa para a próxima década. Olhar para o ouro é, em última análise, um ato de pragmatismo.


Recursos e fontes em destaque/Bibliografia

  • Pesquisa do Goldman Sachs: Levantamento com mais de 900 gestores na plataforma Marquee (Novembro/2025).

  • Times Brasil: Notícia base sobre a pesquisa e as projeções institucionais. (Disponível em: https://timesbrasil.com.br/mundo/pesquisa-do-goldman-com-investidores-preve-tendencia-do-ouro-para-2026/)

  • Forex Social: Artigo sobre a elevação da previsão do Goldman Sachs para o preço do ouro em 2026. (URL: https://forex-social.com/noticias/goldman-sachs-eleva-previsao-ouro-2026-4900-demanda-centrais/)

  • Investing.com: Cobertura da previsão de preço do ouro pelo Goldman Sachs. (URL: https://br.investing.com/news/commodities-news/goldman-sachs-eleva-precoalvo-do-ouro-para-us-4900-ate-o-final-de-2026-1700038)

  • Money Times: Matérias e vídeos sobre o ouro e as projeções de outras grandes instituições como J.P. Morgan.


⚖️ Disclaimer Editorial

Este artigo reflete uma análise crítica e opinativa produzida para o Diário do Carlos Santos, com base em informações públicas, reportagens e dados de fontes consideradas confiáveis, como a pesquisa do Goldman Sachs. Não representa comunicação oficial, nem posicionamento institucional de quaisquer outras empresas ou entidades eventualmente aqui mencionadas. A decisão de investir em ouro ou em qualquer outro ativo é de responsabilidade exclusiva do leitor e deve ser tomada após análise aprofundada de seu próprio perfil de risco e objetivos financeiros. O desempenho passado de qualquer ativo não garante resultados futuros.



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