🇧🇷 Reforma Tributária: Entenda CBS e IBS, os novos IVAs do Brasil. Saiba o que muda a partir de 2026 e como sua empresa deve se preparar na prática - DIÁRIO DO CARLOS SANTOS

🇧🇷 Reforma Tributária: Entenda CBS e IBS, os novos IVAs do Brasil. Saiba o que muda a partir de 2026 e como sua empresa deve se preparar na prática

Saiba Tudo o Que Muda na Prática – O Fim da Complicação de Impostos

Por: Carlos Santos



O sistema tributário brasileiro é notoriamente complexo, um emaranhado de regras que consome tempo e recursos preciosos de empresas de todos os portes. Eu, Carlos Santos, entendo que a aprovação da Reforma Tributária representa o esforço mais significativo em décadas para simplificar esse cenário, prometendo mudar fundamentalmente a forma como empresas pagam e recebem impostos no Brasil. Esta mudança, centrada na tributação sobre o consumo, afeta diretamente empreendedores, contadores e gestores financeiros, exigindo uma compreensão clara e uma preparação estratégica. A complexidade anterior transformava o pagamento de impostos em um custo de conformidade altíssimo, e o objetivo agora é desburocratizar e promover um ambiente de negócios mais eficiente.

Neste espaço, o Blog Diário do Carlos Santos, dedico-me a desmistificar temas complexos. A essência da reforma está na substituição de cinco tributos atuais por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs): a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Esse novo sistema, que entrará em vigor gradualmente a partir de 2026, é inspirado em modelos internacionais e visa dar fim à chamada "guerra fiscal" entre estados, simplificando a base de cálculo e a forma de cobrança. É crucial para qualquer empresário entender o que são a CBS e o IBS e quais são os passos práticos para se preparar para o calendário de transição. 




Os Pilares da Simplificação Fiscal

A reforma proposta é estrutural, buscando uniformizar a tributação sobre o consumo. Os cinco tributos federais, estaduais e municipais que serão unificados são: PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS. A unificação visa resolver a cumulatividade (pagar imposto sobre imposto) e a insegurança jurídica.


🔍 Zoom na Realidade

A realidade prática de empresários e gestores financeiros no Brasil tem sido, historicamente, um martírio burocrático. O atual sistema de impostos sobre o consumo é caracterizado pela sua complexidade de cálculo e recuperação de crédito. Diferentes alíquotas para cada estado (ICMS) e município (ISS), legislações específicas e interpretações divergentes criam um ambiente de alta litigiosidade e compliance dispendioso. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o tempo gasto por empresas brasileiras para cumprir obrigações tributárias está entre os mais altos do mundo. "Empresas de médio e grande porte gastam, em média, mais de 1.500 horas por ano apenas com obrigações tributárias, um custo que será drasticamente reduzido com a simplificação" (Fonte: Estudos de Custo Brasil e Competitividade).

A reforma, ao instituir a CBS (federal) e o IBS (estadual e municipal), que juntos formam o IVA Dual, busca exatamente atacar essa realidade. O novo modelo adota o princípio do destino, ou seja, o imposto será pago para o local onde o bem ou serviço é consumido, e não para onde é produzido. Essa mudança é fundamental, pois elimina incentivos para a "guerra fiscal" entre estados. O Zoom na Realidade mostra que a não cumulatividade plena prometida pelo IVA Dual permitirá que as empresas recuperem integralmente os créditos de impostos pagos em suas cadeias produtivas. "A não cumulatividade plena é a chave para a desoneração dos investimentos e das exportações, tornando o produto brasileiro mais competitivo" (Fonte: Análises de Bernard Appy, Secretário da Reforma Tributária). A realidade de 2026 será de uma tributação mais transparente e de um custo de compliance menor.


📊 Panorama em Números

Para entender o impacto da reforma, é preciso analisar o Panorama em Números do que está sendo substituído e o potencial dos novos tributos. O foco está na substituição dos cinco tributos que geram a maior complexidade no consumo.

Tributo Atual (A Ser Substituído)EsferaProblema Principal
PISFederalCumulatividade e complexidade de base de cálculo
COFINSFederalCumulatividade e complexidade de base de cálculo
IPIFederalImposto seletivo (mantido, mas reformulado)
ICMSEstadualGuerra fiscal, 27 legislações diferentes, complexidade de créditos
ISSMunicipalMais de 5.000 legislações diferentes, cumulatividade

(Fonte: PEC 45/2019 e Legislação Tributária Brasileira)

O novo sistema unificará esses impostos em:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): Gerido pela União.

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): Gerido por um Comitê Gestor que representa estados e municípios.

A Alíquota de Referência dos IVAs (IBS + CBS) será definida posteriormente, mas projeta-se que será uma das maiores do mundo (estimativas variam, mas estão acima de 25% para manter a arrecadação). Contudo, é crucial entender que uma alíquota nominal alta não significa, necessariamente, uma carga tributária maior. O efeito da não cumulatividade plena garantirá que o imposto incida apenas sobre o valor adicionado em cada etapa da cadeia. Se a empresa conseguir creditar o imposto pago na compra de insumos, o impacto final pode ser neutro ou até favorável, dependendo do setor e da cadeia de valor. O Panorama em Números precisa ser lido à luz da base de cálculo simplificada e da recuperação de créditos facilitada.


💬 O que dizem por aí

A discussão sobre a Reforma Tributária ocupa o centro do debate econômico. O que se ouve nos bastidores de Brasília e nas reuniões com especialistas, como Bernard Appy e Adilson Ruy, é a ênfase na transição e na necessidade de software. "O que dizem por aí" é que a mudança não será imediata ou simples no período de transição, que se estenderá de 2026 a 2032.

O ponto principal levantado por Bernard Appy, Secretário da Reforma Tributária, é a importância do Comitê Gestor do IBS. Ele será o responsável por administrar a arrecadação e a distribuição do IBS, um ponto que gera debate entre estados e municípios, mas que é fundamental para a unificação das regras. Outro ponto crucial, reforçado por especialistas como Adilson Ruy, CEO da Ruy & Cecon e Embaixador Conta Azul, é a necessidade de as empresas revisarem seus sistemas de informação e compliance. O novo sistema exigirá que os softwares contábeis e de gestão se adaptem à nova metodologia de cálculo do IVA Dual e à gestão de créditos.

"O desafio não é apenas a mudança da lei, mas a adaptação dos sistemas de informação das empresas para calcular e creditar impostos sob o novo regime de forma automática e precisa" (Fonte: Depoimentos de especialistas em compliance fiscal). O que se deve entender é que a simplificação legal impõe uma necessidade de modernização tecnológica nas empresas para que o benefício da desburocratização seja plenamente alcançado. O "o que dizem por aí" é unânime: a preparação começa agora.


🧭 Caminhos Possíveis

Para navegar com sucesso pela transição da Reforma Tributária, é imperativo traçar Caminhos Possíveis e práticos, focados em três áreas principais: conhecimento, tecnologia e planejamento.




  1. Caminho do Conhecimento Aprofundado (2025/2026): O primeiro passo é capacitar as equipes internas (financeiro, contábil e jurídico) nas regras da CBS e do IBS. Embora a legislação complementar (que detalha alíquotas e exceções) ainda esteja em fase de elaboração, o entendimento do conceito de IVA Dual, do princípio do destino e da não cumulatividade plena é fundamental. Utilize webinars e treinamentos especializados.

  2. Caminho da Revisão de Software e ERP (2026/2027): O período de testes, que se inicia em 2026, com alíquotas mínimas para a CBS (0,9%) e o IBS (0,1%), é a oportunidade para testar e validar a adaptação do seu software de gestão (ERP) às novas regras. É vital que a tecnologia esteja apta a segregar as bases de cálculo e a gerenciar os créditos de forma correta e automatizada, evitando erros no débito e crédito que geram multas. "A tecnologia será o principal agente facilitador da Reforma Tributária. A adaptação do software é inegociável" (Fonte: Análise de Tecnologia Fiscal, Ruy & Cecon).

  3. Caminho do Planejamento Estratégico (Longuíssimo Prazo): A reforma afetará as decisões de localização de empresas (o imposto vai para o destino, não para a origem) e a estrutura da cadeia de suprimentos. Um dos Caminhos Possíveis é reavaliar os contratos com fornecedores e clientes e a modelagem de preços, considerando o novo impacto tributário. O planejamento de longo prazo, de 2027 a 2032 (quando a transição se encerra), deve incluir a projeção do fluxo de caixa sob o novo regime, especialmente a gestão dos créditos acumulados e os prazos de ressarcimento.




🧠 Para pensar…

A Reforma Tributária exige uma mudança de mentalidade, não apenas de regras. Para pensar… A tributação sobre o consumo, no novo modelo, será transparente. O consumidor final saberá exatamente quanto está pagando de imposto. Isso tem implicações diretas para a competitividade e para a percepção de valor dos produtos e serviços.

Reflita sobre o impacto da não cumulatividade plena. Hoje, a dificuldade de recuperar o ICMS pago em etapas anteriores (o chamado "imposto embutido") se torna um custo para a empresa. Com o novo sistema, esse crédito se torna quase integral e imediato. Isso significa que, para muitas empresas, o custo de aquisição de insumos ou bens de capital será efetivamente o preço líquido, sem o peso do imposto.

Essa clareza nos custos permite uma gestão financeira mais precisa. "A complexidade atual do sistema tributário esconde ineficiências e custos operacionais desnecessários. A reforma, ao simplificar, expõe a real eficiência do seu modelo de negócios" (Fonte: Estudos de Economia Aplicada). O que nos leva à conclusão de que a reforma não é apenas um problema contábil; é uma oportunidade estratégica para otimizar processos, reduzir litígios e focar a gestão no crescimento e na inovação, e não na burocracia.


📚 Ponto de Partida

O Ponto de Partida para a adaptação à Reforma Tributária não é esperar por 2026, mas iniciar um projeto de Gestão da Mudança Fiscal estruturado.

Os quatro passos essenciais que constituem o Ponto de Partida:

  1. Montar um Comitê Interno de Transição: Envolvendo as áreas Contábil, Fiscal, Financeira e de TI (Tecnologia da Informação). Este comitê será responsável por monitorar a publicação das Leis Complementares e coordenar a adaptação dos sistemas.

  2. Mapeamento de Processos Atuais: Documentar como a empresa calcula e recolhe PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS atualmente. Esse mapeamento é a base para entender onde as novas regras (CBS e IBS) serão inseridas e como os processos de débito e crédito serão alterados.

  3. Diálogo com Fornecedores de Software: Entrar em contato com o fornecedor do seu ERP (ou sistema contábil) para entender o cronograma de adaptação do sistema à fase de testes que se inicia em 2026. A prontidão do software é o fator de sucesso mais crítico na transição.

  4. Simulações de Impacto Fiscal: Utilizar consultoria especializada para rodar simulações de fluxo de caixa sob as prováveis alíquotas do IVA Dual, comparando com a carga tributária atual. Isso permite identificar o impacto da reforma na precificação e na margem de lucro.



📦 Box informativo 📚 Você sabia?
A Reforma Tributária no Brasil implementa um IVA Dual, uma estrutura onde a esfera Federal (CBS) e a subnacional (IBS) coexistem, mas compartilham a mesma base de incidência e as mesmas regras de não cumulatividade e cobrança no destino.
O conceito de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é utilizado em mais de 170 países e é reconhecido por organismos internacionais, como a OCDE, como o modelo mais eficiente para tributar o consumo. A adoção desse sistema é um passo importante para alinhar o Brasil às melhores práticas internacionais, facilitando o comércio exterior.
A não cumulatividade plena significa, por exemplo, que o imposto pago na compra de um novo maquinário (bem de capital) pode ser creditado imediatamente, e não ao longo de anos, como era a regra para o ICMS/IPI. "A desburocratização da tomada de créditos é um dos maiores estímulos ao investimento produtivo trazidos pela reforma" (Fonte: Documentos de Análise da Receita Federal).
Essa mudança acelera o retorno sobre o investimento (ROI) de hardware, software e outros insumos, incentivando a modernização e a produtividade das empresas brasileiras.

🗺️ Daqui pra onde?

Com o início da transição em 2026, a pergunta Daqui pra onde? se volta para a otimização da nova estrutura.

O caminho futuro passa pela Gestão de Créditos do IVA. No sistema anterior, a burocracia tornava a recuperação de créditos de PIS/COFINS e ICMS um processo lento e oneroso. No novo sistema, a expectativa é de uma compensação mais rápida e automática. Daqui pra onde? é para a criação de processos internos que garantam a correta documentação de todas as operações, maximizando a tomada de crédito e minimizando o risco de glosas fiscais.

Outra área de foco será o Comitê Gestor do IBS. O sucesso da reforma dependerá, em grande parte, da eficiência e da uniformidade das regras estabelecidas por este Comitê. Acompanhar de perto as suas deliberações será crucial. Para as empresas, o futuro é o fim da incerteza jurídica e o foco no valor adicionado. A atenção deve se deslocar da disputa por alíquotas para a eficiência operacional interna.


🌐 Tá na rede, tá oline

"O povo posta, a gente pensa. Tá na rede, tá oline!"

Nas redes sociais, o debate sobre a Reforma Tributária frequentemente se concentra no potencial aumento da carga tributária para o setor de serviços e na magnitude da alíquota do IVA. É inegável que alguns setores terão sua tributação alterada, mas o que os especialistas e fontes embasadas afirmam e que está na rede, tá oline, é que o ganho de eficiência e a redução de custos de compliance tendem a compensar a mudança, especialmente para setores que hoje sofrem com a cumulatividade.

A principal mensagem que está online é a de transparência. A clareza do imposto sobre o consumo forçará as empresas a serem mais transparentes em suas estruturas de preços. O que se encontra nas plataformas de experts é um consenso de que o planejamento fiscal migrará da busca por "brechas" legais para a otimização da cadeia de valor e o uso inteligente da não cumulatividade. "A reforma elimina a 'malandragem' tributária e exige que o empreendedor se concentre na produtividade e na eficiência do seu negócio" (Fonte: Análises em podcasts de economia e finanças). O povo posta a preocupação, e a gente pensa que a solução é o domínio da nova regra.


🔗 Âncora do conhecimento

A transição para o novo modelo tributário, com a implementação da CBS e do IBS, exige disciplina e um planejamento meticuloso, o que ecoa a importância da gestão em todos os âmbitos de um negócio. Para quem busca entender como a organização e a precisão nos processos podem ser aplicadas em outros contextos empresariais, como a gestão de projetos de tecnologia com receita recorrente, há valiosos insights a serem explorados. Se você deseja fortalecer a sua base de gestão para empreendimentos digitais e entender o valor da recorrência, clique aqui e descubra como o foco na retenção e no valor contínuo é o alicerce para a sustentabilidade de longo prazo em apps de fitness


Reflexão final

A Reforma Tributária não é apenas um evento fiscal; é uma transformação estrutural do ambiente de negócios brasileiro. A simplificação traz consigo o desafio da transição, mas a promessa de um sistema mais justo, transparente e menos oneroso em termos de burocracia é o prêmio. A reflexão final que deve nortear o empresariado é que o sucesso da adaptação dependerá da antecipação e da integração tecnológica. Não espere o novo sistema se consolidar; comece a preparação agora, entendendo a CBS e o IBS, adaptando seus softwares e planejando o futuro de sua cadeia de valor. A burocracia não pode mais ser uma desculpa para a ineficiência.


Recursos e fontes em destaque/Bibliografia

  • Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária (SERF). (Site oficial do Governo Federal para acompanhar a legislação e documentos oficiais).

  • Bernardo Appy (Secretário da Reforma Tributária). (Entrevistas e artigos em veículos de imprensa sobre a visão e os detalhes técnicos da PEC 45).

  • Conta Azul e Ruy & Cecon. (Materiais educativos e webinars sobre a adaptação de softwares contábeis e gestão empresarial ao novo regime).

  • Confederação Nacional da Indústria (CNI). (Estudos sobre o Custo Brasil e o impacto da complexidade tributária na competitividade).



⚖️ Disclaimer Editorial

Este artigo reflete uma análise crítica e opinativa produzida para o Diário do Carlos Santos, com base em informações públicas, relatórios e análises de fontes consideradas confiáveis, incluindo entrevistas com figuras-chave da Reforma Tributária. O conteúdo tem como objetivo oferecer uma perspectiva informada sobre a CBS e o IBS e as mudanças práticas. Não representa, em hipótese alguma, aconselhamento fiscal, jurídico ou contábil. A legislação complementar da Reforma Tributária ainda está em fase de elaboração, e o leitor deve buscar a orientação de um profissional contábil ou jurídico qualificado para avaliar o impacto específico das mudanças em seu negócio. A responsabilidade pela aplicação das informações e pelo compliance fiscal é integralmente do leitor e da sua empresa.



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