Por que a inteligência emocional vale mais que o QI e transforme sua vida pessoal e profissional. - DIÁRIO DO CARLOS SANTOS

Por que a inteligência emocional vale mais que o QI e transforme sua vida pessoal e profissional.

 Inteligência emocional: por que ela vale mais que o QI?


Por Carlos Santos



Introdução 

Imagine duas pessoas em um mesmo cargo. Ambas têm formação acadêmica de excelência, são racionais e inteligentes em termos de lógica e memória. Mas uma delas se destaca: lida bem com conflitos, tem empatia, lidera com naturalidade e mantém o controle emocional mesmo em situações-limite. Essa é a diferença da inteligência emocional (IE) para o quociente de inteligência (QI). E é por isso que, no mundo real, ela costuma valer muito mais.


Inteligência emocional: a chave que o QI não abre

Num país como o Brasil, onde pressões sociais, desigualdades e desafios emocionais fazem parte do cotidiano, saber lidar com as próprias emoções e com as dos outros é uma competência essencial para viver com qualidade e tomar boas decisões. Neste post, vamos mergulhar na importância da inteligência emocional e mostrar por que, em pleno 2025, ela é mais valiosa do que um QI elevado.



🔍 Zoom na realidade

A ideia de que o QI define o sucesso de uma pessoa está ultrapassada. Muitos dos profissionais mais bem-sucedidos têm uma característica em comum: sabem reconhecer seus sentimentos, controlar impulsos e compreender as emoções alheias. Daniel Goleman, psicólogo e autor do best-seller Inteligência Emocional, afirma:

"Quando se trata de desempenhos de alto nível, o QI importa apenas 20%. O restante é inteligência emocional."

No contexto brasileiro, onde ambientes de trabalho têm sido marcados por burnout, pressão psicológica e relações conflituosas, desenvolver a IE deixou de ser um diferencial e virou uma questão de sobrevivência emocional.



📊 Panorama em números

1. 58% do desempenho profissional está relacionado à IE segundo estudo da TalentSmart, que avaliou mais de 1 milhão de pessoas.

2. Apenas 36% das pessoas conseguem identificar suas emoções em tempo real, ainda segundo a TalentSmart.

3. No Brasil, o uso de medicamentos para ansiedade cresceu 34% nos últimos cinco anos, de acordo com a Fiocruz (2024), reflexo da falta de educação emocional desde a infância.

4. Empregadores preferem pessoas com IE elevada em 71% dos processos seletivos, segundo pesquisa da Robert Half publicada em 2023.



💬 O que dizem por aí


Especialistas e grandes lideranças vên na IE um pilar essencial para os novos tempos.

“O QI pode te colocar em uma boa escola. Mas é a IE que vai te manter lá e te fazer prosperar.”
Daniel Goleman

“Em tempos de crise, a capacidade de ouvir, acolher e manter a calma é o que diferencia um líder de um chefe.”
Luiza Helena Trajano, empresária

“As escolas precisam ensinar o que sentimos, não apenas o que sabemos.”
Rossandro Klinjey, psicólogo e educador

A opinião pública também está mudando. Uma enquete feita em 2024 pelo LinkedIn Brasil mostrou que 67% dos entrevistados acreditam que a IE é mais importante no ambiente de trabalho do que o QI.



🧭 Caminhos possíveis

Desenvolver a inteligência emocional não é algo reservado aos psicólogos. Pelo contrário, é um processo acessível, que exige autoconhecimento, prática e empatia:

1. Pratique a autoconsciência:
Reserve cinco minutos por dia para identificar o que você está sentindo e por quê.

2. Controle os impulsos:
Aprenda a responder em vez de reagir. Respire antes de falar algo em momentos de raiva.

3. Desenvolva empatia:
Tente enxergar as situações do ponto de vista dos outros. Isso evita julgamentos e conflitos desnecessários.

4. Melhore as habilidades sociais:
Ouvir mais do que falar, reconhecer os outros, dar feedbacks construtivos.

5. Pratique a automotivação:
Tenha metas claras e use seus valores como guia. Isso cria resistência à frustração.



🧠 Para pensar…

Como estamos educando nossas crianças? A escola valoriza quem tira nota alta em matemática, mas pouco fala sobre como lidar com a tristeza, a raiva ou a ansiedade. E o resultado está nos dados crescentes de depressão infantil, automutilação e violência nas salas de aula.

“A educação emocional não é um luxo. É uma necessidade urgente.”

Num mundo polarizado, acelerado e instável, a IE é um farol. Ela ajuda a tomar decisões mais humanas, mais justas e mais sustentáveis.



📚 Ponto de partida


A inteligência emocional pode e deve ser aprendida. A leitura de livros, a escuta de podcasts, a terapia e a meditação são ferramentas poderosas. Entre os recursos recomendados estão:

  • Inteligência Emocional, de Daniel Goleman

  • O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

  • Podcast "Café Brasil" (episódios sobre autoconhecimento)

  • Aplicativos como Headspace e Lojong para meditação guiada



📦 Box informativo 📚 Você sabia?


  • Emoções negativas intensas reduzem a capacidade de aprendizagem em até 30%, segundo estudo da Universidade de Harvard (2023)?

  • Crianças que têm educação emocional desde cedo têm 11% mais chances de sucesso acadêmico e profissional.

  • A ONU recomenda que todos os países incluam a IE nos currículos escolares até 2030.



⛰️ Daqui pra onde?

Comece pequeno. Preste atenção no que você sente hoje. Reconheça o que está dentro de você e veja como isso afeta suas atitudes. Ao fazer isso, você já está dando um passo gigante rumo a uma vida mais consciente, equilibrada e feliz.





Reflexão final

No fim das contas, a inteligência emocional não se mede com números, mas com gestos, escolhas e relações. Não é sobre ser mais inteligente que o outro, é sobre ser mais inteiro consigo mesmo. Em um mundo que valoriza performance, talvez a verdadeira revolução seja aprender a sentir.


Recursos e Fontes em Destaque

  • Daniel Goleman (1995). Inteligência Emocional

  • TalentSmart (2022). Relatório global sobre IE no trabalho

  • Fiocruz (2024). Consumo de medicamentos no Brasil

  • Robert Half (2023). Tendências de contratação

  • LinkedIn Brasil (2024). Enquete sobre IE vs QI

  • ONU (2022). Agenda 2030 e educação emocional



Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.