Como a medida protetiva funciona no Brasil, um escudo jurídico vital para vítimas de violência. Entenda seus tipos, como solicitar e os desafios da sua aplicação.
Medida Protetiva: Uma ferramenta de vida, um escudo para quem precisa
Por: Carlos Santos
Olá, pessoal. Aqui quem fala é Carlos Santos, e hoje vamos desvendar um tema que, embora vital, ainda é pouco compreendido por muitos: A medida protetiva. Eu, Carlos Santos, vejo a importância de trazer a clareza sobre essa ferramenta legal que é um dos pilares da Lei Maria da Penha, um dispositivo legal que serve como uma barreira de proteção imediata para quem está em risco. É uma resposta rápida da Justiça à violência, uma forma de evitar que o pior aconteça. Mas, como toda ferramenta, é preciso saber como ela funciona, para que serve e quais são os seus limites, pois ela não é só um papel, é uma chance de recomeço, é uma esperança de vida segura para milhares de pessoas.
O que é e para que serve?
A medida protetiva de urgência é um instrumento jurídico previsto na Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Ela é uma ordem judicial que impõe uma série de restrições ao agressor para proteger a vítima de violência doméstica e familiar. É uma ação rápida, que visa interromper o ciclo de violência e garantir a segurança da pessoa em risco. Diferente de um processo criminal, que pode levar anos, a medida protetiva busca uma resposta imediata, uma espécie de "pronto-socorro" legal. Ela não é apenas para mulheres, mas também para seus filhos, familiares e até testemunhas que estejam sob risco de represália.
As medidas são variadas e podem ser aplicadas sozinhas ou em conjunto. Entre as mais comuns, estão o afastamento do agressor do lar, a proibição de aproximação da vítima (fixando uma distância mínima), a proibição de contato por qualquer meio de comunicação (telefone, mensagens, redes sociais) e a suspensão do porte de armas. O objetivo é criar um cordão de isolamento entre o agressor e a pessoa em situação de vulnerabilidade, garantindo que o ciclo de agressão seja quebrado antes que ele se torne irreversível.
Além das medidas contra o agressor, a lei também prevê medidas para a própria vítima, como o encaminhamento para programas de proteção e atendimento, a restituição de bens que foram indevidamente subtraídos e até a manutenção do vínculo trabalhista por até seis meses, caso ela precise se afastar do emprego por motivo de segurança. O que se busca é uma proteção integral, que vai além da simples distância física e abrange a integridade psicológica, patrimonial e social da vítima. A medida protetiva é um escudo, uma resposta rápida e essencial para que a vida possa continuar, livre do medo e da ameaça constante.
🔍 Zoom na realidade
No cenário brasileiro, a medida protetiva é uma ferramenta crucial, mas a realidade de sua aplicação e eficácia é complexa. A Lei Maria da Penha trouxe um avanço gigantesco ao reconhecer e tipificar a violência doméstica, mas a batalha para que essa lei funcione de fato continua. Um dos maiores desafios é a velocidade da resposta judicial. Teoricamente, a medida deveria ser concedida em até 48 horas após o pedido, mas nem sempre isso acontece. A burocracia, a falta de estrutura e a sobrecarga do sistema judiciário podem atrasar esse processo, colocando a vida da vítima em risco.
Outro ponto é a fiscalização. A medida protetiva é uma ordem judicial, mas não há um "guarda" para cada agressor. A fiscalização depende muitas vezes da comunicação da vítima e da ação da polícia. E aqui entra um problema sério: o descumprimento. Quando o agressor ignora a ordem judicial, a vida da vítima volta a ficar em perigo. A Lei 13.641/18, que tipificou o crime de descumprimento de medida protetiva, foi um passo importante, mas a realidade ainda mostra que muitos agressores não se sentem intimidados.
A cultura do machismo e da violência ainda é um obstáculo gigantesco. Muitos agressores consideram a medida protetiva um "pedaço de papel" sem valor, e até mesmo algumas vítimas, por medo ou dependência financeira e emocional, acabam não denunciando o descumprimento. A medida protetiva é mais do que uma lei, é um ato de coragem, e essa coragem precisa ser acolhida e protegida. Não basta ter a lei no papel, é preciso que a rede de apoio —polícia, judiciário, serviços sociais— funcione de forma integrada e humanizada para garantir a segurança de quem procura ajuda. A medida protetiva, em sua essência, revela a necessidade de um compromisso coletivo para que a violência não prevaleça.
📊 Panorama em números
A realidade da violência doméstica no Brasil, infelizmente, é traduzida em números alarmantes, e o uso da medida protetiva cresce de forma preocupante, indicando tanto o aumento das denúncias quanto a gravidade da situação. Em 2024, o Brasil registrou um recorde absoluto de 851.958 medidas protetivas, um salto de 151,7% em quatro anos, segundo dados do Brasil de Fato. Esse aumento mostra que as mulheres estão buscando mais ajuda, mas também que a violência não arrefece.
A CNN Brasil trouxe um dado assustador: em 2024, mais de 18% das medidas protetivas foram descumpridas, totalizando 101.656 ocorrências. Isso é mais do que um número; são 101.656 pessoas que tiveram sua proteção violada e, em muitos casos, viram sua vida ser novamente ameaçada. Esse descumprimento está diretamente ligado ao aumento dos feminicídios, com 1.492 mulheres mortas no país em 2024.
A cada minuto, pelo menos uma medida protetiva é concedida no Brasil. Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, esse dado, por si só, já demonstra o quão grave e urgente é o problema. A Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, atendeu em 2024 mais de 691 mil ligações, um crescimento de 21,6% em relação a 2023. O aumento nos atendimentos e o número crescente de medidas protetivas são reflexos de uma sociedade que ainda está aprendendo a lidar com a violência de gênero, mas que também enfrenta a persistência da impunidade. Esses números não são apenas estatísticas, eles contam a história de uma luta diária e da necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir a segurança de todas as mulheres.
💬 O que dizem por aí
O tema da medida protetiva frequentemente gera debate e, muitas vezes, desinformação. A percepção pública é moldada por diferentes visões, desde a celebração da lei até a crítica à sua aplicabilidade. Nas rodas de conversa, muita gente não entende bem o processo, achando que é um "bicho de sete cabeças" conseguir a proteção.
O que mais se ouve é que a lei "não funciona" porque "o agressor não respeita". Essa visão, apesar de simplista, carrega um fundo de verdade, pois o descumprimento, como vimos, é uma realidade preocupante. Há também quem veja a medida como uma forma de "separação" e não de proteção, como se fosse um primeiro passo para o divórcio, e não para a segurança.
A falta de conhecimento sobre os diferentes tipos de medida protetiva também é comum. Muita gente só conhece o afastamento do lar, mas não sabe que a lei também protege o patrimônio, a guarda dos filhos e até a continuidade do emprego. Essa desinformação cria barreiras, fazendo com que muitas vítimas se sintam desamparadas ou desistam de buscar ajuda.
A medida protetiva, na visão popular, é um sinal de que "a coisa ficou séria", de que a situação de violência já chegou a um ponto insustentável. Mas, o ideal seria que ela fosse vista como um ato de prevenção, um mecanismo que pode e deve ser acionado assim que os primeiros sinais de violência surgirem, para evitar que a situação se agrave.
🧭 Caminhos possíveis
Para que a medida protetiva funcione em sua plenitude, é preciso pensar em caminhos que vão além da simples emissão de um documento. A efetividade da medida depende de uma abordagem multifacetada que envolva o sistema judiciário, as forças de segurança e a sociedade civil.
Primeiro, é essencial acelerar o processo de concessão das medidas, garantindo que o prazo de 48 horas seja, de fato, cumprido. Isso exige maior investimento em pessoal e em tecnologia nos juizados e nas delegacias. A criação de delegacias 24 horas e especializadas no atendimento à mulher é um passo crucial. Além disso, a implementação de sistemas de prontuário eletrônico e de comunicação direta entre os órgãos pode agilizar a troca de informações e o deferimento das medidas.
Segundo, a fiscalização precisa ser reforçada. O uso de botões do pânico e de tornozeleiras eletrônicas para agressores com histórico de descumprimento são medidas que podem ser expandidas. A Patrulha Maria da Penha, já existente em muitas cidades, deveria ser um padrão nacional, com equipes dedicadas ao acompanhamento e à ronda nas áreas de risco.
Terceiro, o combate à desinformação é vital. É preciso criar campanhas de conscientização sobre o que é a medida protetiva, para que serve e como solicitá-la. Essa informação deve chegar a todos, em especial às comunidades mais vulneráveis, por meio de parcerias com associações de bairro, igrejas e ONGs.
Por fim, é fundamental investir em programas de reeducação para os agressores. A medida protetiva é importante, mas ela não resolve a raiz do problema. É preciso que o agressor seja responsabilizado, mas também tenha a oportunidade de entender a gravidade de seus atos e de mudar seu comportamento. A justiça deve ir além da punição e buscar a prevenção e a transformação social.
🧠 Para pensar…
A medida protetiva é um escudo, sim, mas um escudo que só é eficaz se for bem usado e bem protegido. O que aconteçe quando o medo paralisa a vítima? O que acontece quando a burocracia do Estado atravessa a urgência da vida? Será que estamos, de fato, oferecendo um caminho seguro ou apenas um atalho que pode se tornar uma armadilha?
É urgente refletir sobre a estrutura do nosso sistema de justiça. A Lei Maria da Penha completou anos de existência, mas ainda estamos discutindo prazos e descumprimentos. A vida da mulher em risco não pode esperar. A medida protetiva precisa ser mais do que um direito, precisa ser uma realidade imediata. O desafio não é apenas criar leis, mas garantir que elas sejam aplicadas de forma justa, rápida e eficaz.
Pensemos na cultura que permite a violência. A medida protetiva lida com a consequência, mas o que fazemos para combater a causa? A violência contra a mulher não é um problema individual, é um problema social, e a solução precisa vir de todos os lados. A educação, desde a infância, sobre o respeito, a igualdade de gênero e a não-violência é o alicerce para que um dia, a medida protetiva, tão necessária hoje, se torne uma raridade no futuro. Não basta prender o agressor, é preciso transformar a sociedade que o formou.
📈 Movimentos do Agora
A urgência do tema tem gerado movimentos e iniciativas inovadoras em todo o país. Uma delas é a criação de aplicativos e plataformas digitais que facilitam a solicitação e o acompanhamento das medidas protetivas, como o "Maria da Penha Virtual" no Rio de Janeiro. Essas ferramentas buscam descomplicar a vida da vítima, permitindo que ela faça o pedido sem a necessidade de um advogado e evitando a exposição desnecessária em locais de risco.
Outro movimento importante é a capacitação e o treinamento de profissionais em diversas áreas. Juízes, promotores, policiais e até mesmo atendentes de saúde estão sendo treinados para reconhecer os sinais de violência e para oferecer um atendimento humanizado e acolhedor. Esse tipo de iniciativa, por mais que pareça básica, faz toda a diferença na jornada de uma pessoa que já está fragilizada e com o emocional destruido.
Além disso, a interconexão de dados entre diferentes órgãos está sendo aprimorada. Sistemas que permitem que a polícia, o judiciário e os serviços de assistência social compartilhem informações sobre o caso são vitais para que a proteção seja mais eficiente. Essa rede de apoio integrada garante que, se houver um descumprimento, a informação chegue rapidamente a quem precisa agir.
🗣️ Um bate-papo na praça à tarde
(Um banco na praça. Dona Rita, 65 anos, e Seu João, 70 anos, observam as crianças brincando.)
Dona Rita: "Seu João, o senhor viu aquela reportagem sobre medida protetiva? Meu Deus, tanta mulher sofrendo."
Seu João: "Vi sim, dona Rita. O pior é que a gente acha que isso só acontece longe da gente, mas não é. Lembro da minha vizinha, a coitada vivia com medo."
Dona Rita: "E a gente fica sem saber como ajudar, né? A gente quer fazer algo, mas pensa que não pode se intrometer."
Seu João: "É o que o povo fala, que é briga de marido e mulher. Mas a lei diz que não pode mais ter isso. Que bom que tem essa tal de medida protetiva, pra dar uma paz de espírito pra elas."
Dona Rita: "Mas eu vejo que muita gente fala que não funciona. A gente só vejo na televisão que a gente tem que denunciar, mas e se a pessoa não respeita o papel?"
Seu João: "Ah, aí tem que ligar de novo. A lei mudou, agora é crime desobedecer a ordem do juiz. O problema é que tem uns marmanjos que não entendem isso, são cabeça dura."
Dona Rita: "É verdade. Mas, pelo menos, agora as mulheres têm uma ajuda, um jeito de sair de uma situação ruim. É um começo, né?"
🌐 Tendências que moldam o amanhã
O futuro da proteção à mulher em situação de violência aponta para a digitalização e a inteligência artificial. A tecnologia já está sendo usada para otimizar o processo de solicitação e monitoramento de medidas protetivas. Sistemas de inteligência artificial podem analisar rapidamente o histórico de violência e o risco de um caso, ajudando os juízes a tomar decisões mais rápidas e seguras.
A fiscalização por biometria e GPS é uma tendência crescente. O uso de tornozeleiras eletrônicas, por exemplo, permite que as autoridades saibam em tempo real se o agressor se aproxima da vítima. Isso não só aumenta a segurança, mas também serve como um sinal de alerta imediato para a polícia.
Além disso, a educação online e a conscientização digital são cada vez mais importantes. Campanhas em redes sociais, podcasts e vídeos curtos estão se tornando ferramentas poderosas para informar a população sobre seus direitos e sobre os caminhos para buscar ajuda. A meta é democratizar a informação, tornando-a acessível a qualquer pessoa com um smartphone, em qualquer lugar do país.
📚 Ponto de partida
Para entender a medida protetiva, é preciso voltar ao ponto de partida: a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). Essa lei é a base de tudo, pois ela define o que é a violência doméstica e familiar e cria os mecanismos para combatê-la. A medida protetiva é um desses mecanismos, mas ela está inserida em um contexto maior, que inclui a criação de juizados especializados, o atendimento multidisciplinar e a educação para a não-violência.
O primeiro passo para quem precisa de ajuda é procurar a Delegacia da Mulher mais próxima ou, na falta dela, uma delegacia comum. O relato da violência e o pedido de medida protetiva podem ser feitos de forma simples, e a vítima não precisa de advogado para isso. É na delegacia que o primeiro contato com a rede de proteção é estabelecido.
Outro ponto de partida essencial é a rede de apoio. O Ligue 180 é um canal fundamental, pois oferece orientação, informações e encaminhamento para os serviços de acolhimento. A Defensoria Pública e o Ministério Público também são instituições que atuam para garantir a segurança da vítima e para que a lei seja cumprida.
A coragem de denunciar é o ponto de partida mais importante. Sem a denúncia, a violência permanece oculta e sem uma resposta. A medida protetiva, portanto, não é apenas um documento, é o resultado de um grito de socorro que precisa ser ouvido e protegido por toda a sociedade.
📰 O Diário Pergunta
No universo da medida protetiva, as dúvidas são muitas e as respostas nem sempre são simples. Para ajudar a esclarecer pontos fundamentais, o O Diário Pergunta, e quem responde é: Dra. Ana Luiza Costa, advogada especialista em Direitos da Mulher, com mais de 15 anos de atuação em casos de violência doméstica.
O Diário Pergunta: Dra. Ana, a medida protetiva é para todos os tipos de violência?
Dra. Ana Luiza: Sim, a medida protetiva de urgência abrange a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, conforme previsto na Lei Maria da Penha.
O Diário Pergunta: É verdade que a medida pode ser pedida sem provas?
Dra. Ana Luiza: A lei prioriza a proteção da vítima. O pedido pode ser feito com base no relato da vítima e na análise da situação de risco. Provas como prints de mensagens ou fotos de lesões ajudam, mas não são obrigatórias para a concessão da medida.
O Diário Pergunta: A medida protetiva tem validade?
Dra. Ana Luiza: O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que as medidas podem ter validade por tempo indeterminado, desde que a situação de risco persista. A revogação deve ser sempre precedida de uma análise cuidadosa do caso e com a manifestação da vítima.
O Diário Pergunta: O que acontece se o agressor descumprir a medida?
Dra. Ana Luiza: O descumprimento é um crime, e o agressor pode ser preso. A vítima deve procurar imediatamente a polícia para relatar o descumprimento, o que pode levar à prisão preventiva do agressor.
O Diário Pergunta: A medida protetiva pode ser estendida para a família da vítima?
Dra. Ana Luiza: Sim. A lei prevê a possibilidade de a medida protetiva se estender a familiares e testemunhas que estejam sob ameaça do agressor, garantindo uma proteção mais ampla e eficaz.
📦 Box informativo 📚 Você sabia?
Você sabia que a Lei Maria da Penha, responsável por instituir a medida protetiva, teve um papel crucial para que o Brasil se tornasse referência internacional no combate à violência contra a mulher? E não é só isso. A lei foi resultado da luta de Maria da Penha Maia Fernandes, que foi vítima de violência por anos e teve que ir à Corte Interamericana de Direitos Humanos para que o Brasil fosse responsabilizado pela falta de proteção. Sua história mostra a importância de se lutar por justiça.
A rapidez na concessão da medida protetiva é um dos maiores diferenciais da lei. Em um caso de flagrante violência, o juiz pode conceder a medida sem sequer ouvir o agressor, para garantir a segurança imediata da vítima. E o pedido de medida protetiva não exige um processo judicial complexo. A vítima pode fazer a solicitação diretamente na delegacia ou, em algumas cidades, por meio de plataformas digitais, o que simplifica o acesso à proteção.
É fundamental entender que a medida protetiva não é apenas uma punição para o agressor, mas uma forma de reorganizar a vida da vítima. Ela pode, por exemplo, garantir que a mulher permaneça no emprego ou que tenha o direito de voltar para sua casa com segurança após o afastamento do agressor. A medida protetiva é uma ferramenta de vida que oferece uma chance real de recomeço, um farol na escuridão do medo e da violência.
🗺️ Daqui pra onde?
A medida protetiva nos aponta um caminho claro: o de uma sociedade que não tolera mais a violência. Mas o trabalho não para aqui. O desafio é transformar o que é uma urgência em uma política pública estrutural e contínua.
O próximo passo é fortalecer a rede de apoio. Precisamos de mais Casas da Mulher Brasileira, de mais Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e de mais equipes multidisciplinares, com psicólogos e assistentes sociais, para acolher a vítima e seus dependentes. A medida protetiva é um primeiro passo, mas o acompanhamento psicológico e social é fundamental para que a vítima consiga reconstruir sua vida.
Outro caminho é a educação em larga escala. É preciso levar o tema da Lei Maria da Penha e da medida protetiva para as escolas, para as empresas e para as comunidades. A informação é uma ferramenta poderosa de prevenção, e o conhecimento dos direitos pode salvar vidas. O futuro que queremos é aquele em que a medida protetiva não seja mais tão necessária, mas para chegar lá, precisamos agir com urgência no presente.
🌐 Tá na rede, tá oline
A medida protetiva também é assunto de conversa na internet, com gente que compartilha suas histórias e busca ajuda. A linguagem é mais solta, cheia de gírias e desabafos.
No Facebook, em um grupo de mães: "Meninas, meu ex não para de mandar mensagem. Já tenho medida protetiva, mas ele tá me desafiando. Tenho muito medo. O que faço?" (Comentário de uma seguidora): "Vai na delegacia! Descumprimento de MP é crime, amiga! Não deixa ele achar que pode te fazer de boba."
No Instagram, em um perfil de advogados populares: "A medida protetiva não é um escudo mágico, mas é uma ferramenta poderosa. Denunciar é o primeiro passo. Depois, a lei te protege." (Comentário de um seguidor): "Já tive uma e foi o que me deu a força pra sair do relacionamento abusivo. Deu muito medo, mas valeu a pena. A vida é outra coisa agora."
No Twitter (X), um usuário desabafa: "O que me mata é ver gente achando que medida protetiva é frescura. Isso não é frescura, é sobrevivência. Minha tia teve uma e a gente só respira em paz agora."
🔗 Âncora do Conhecimento
Se você quer saber mais detalhes sobre a medida protetiva, como solicitá-la, seus direitos e quais as consequências do seu descumprimento, aprofunde seus conhecimentos.
Para saber mais,
Reflexão Final
A medida protetiva é mais do que um termo jurídico; é um símbolo de resistência e de esperança. É a prova de que a sociedade, através de suas leis, pode e deve intervir para proteger quem mais precisa. Mas a luta contra a violência não é vencida apenas no tribunal. Ela é uma batalha diária, que acontece em nossas casas, em nossas comunidades e em nossas mentes. Que a medida protetiva nos inspire a sermos, cada um de nós, um ponto de apoio, um ombro amigo e uma voz que se levanta contra qualquer forma de violência. A liberdade e a segurança são direitos inegociáveis, e a nossa responsabilidade é garantir que eles sejam acessíveis a todos.
Recursos e Fontes em Destaque
Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006): A principal fonte legal sobre o tema.
Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, serviço do Ministério das Mulheres.
Tribunal de Justiça do Paraná:
https://www.tjpr.jus.br/web/cevid/medidas-protetivas CNN Brasil: Dados sobre descumprimento de medidas protetivas.
Brasil de Fato: Reportagens sobre o aumento das medidas protetivas no país.
TJDDFT: Artigos sobre as medidas protetivas de urgência.
⚖️ Disclaimer Editorial
Este conteúdo tem o objetivo de informar e educar, não substituindo, em hipótese alguma, a orientação de profissionais de direito ou de saúde. Em caso de violência, procure ajuda imediata em órgãos competentes como a polícia, a Defensoria Pública ou o Ministério Público.


Post a Comment