Perspectivas do dólar hoje, cotação em R$ 5,56 e análise dos fatores que movem o câmbio no Brasil.
Giro de Mercado do Diário do Carlos Santos, com data, dados atualizados, visão crítica e acessível para público:
Giro de Mercado: Perspectivas do Dólar e Cotação do Dia
Por Carlos Santos
28 de julho de 2025
Saiba por que acompanhar a variação do dólar é crucial para o Brasil: esse valor impacta diretamente os preços das importações, a inflação, os custos dos combustíveis, o desempenho da bolsa e o retorno dos investimentos — especialmente em renda fixa indexada ao câmbio.
Fatores que influenciam a cotação hoje:
-
Federal Reserve (EUA): O mercado segue ajustando expectativas sobre possíveis cortes na taxa de juros. Um tom mais dovish tem pressionado o dólar globalmente, beneficiando moedas emergentes como o real.
-
Política monetária no Brasil: A Selic se mantém elevada para conter a inflação. Juros mais altos no cenário doméstico podem fortalecer o real, pois atraem capital para títulos públicos.
-
Contexto político-econômico brasileiro: A indefinição em torno de reformas fiscais e tensões no Congresso alimentam cautela dos investidores, limitando ganhos do real.
-
Dados macro globais: Números de emprego e PIB nos EUA e na China têm gerado volatilidade no câmbio, reforçando o dólar nas semanas recentes.
Analistas do mercado oferecem avaliações complementares:
“Há ainda uma pressão externa favorável ao real, diante das expectativas de acomodação monetária nos EUA.” — analista de casa independente.
“Internamente, a confiança está abalada pela indefinição legislativa, o que limita a valorização da moeda brasileira.” — comentam especialistas de corretora local.
Nos últimos cinco dias, o dólar oscilou entre R$ 5,54 e R$ 5,58, mostrando leve tendência de enfraquecimento. Indicadores técnicos apontam sinais mistos, com viés moderado de compra no curto prazo e neutralidade no médio prazo.
Impactos práticos no Brasil:
-
Empresas que importam insumos ou produtos finalizados cotados em dólar encaram custos mais baixos quando a moeda recua.
-
Na B3, empresas exportadoras podem sofrer se a queda se mantiver; por outro lado, importadoras e varejo que dependem de bens importados se beneficiam.
-
Preços de combustíveis e energia também sofrem influência: petróleo cotado em dólar se torna mais barato para distribuição interna.
-
Investidores em renda fixa vinculada ao CDI ou IPCA veem menor atratividade em comparativos com ativos atrelados à variação cambial.
No fechamento desta sessão, o dólar comercial ficou, então, em R$ 5,56.
Expectativa para o restante do pregão e próximos dias:
O cenário continua volátil: se dados melhores sobre inflação nos EUA e decisões claras do Bank of America ou Fed virem a público, pode haver novo repique do dólar. Por outro lado, sinais firmes de controle inflacionário no Brasil e avanços legislativos poderão firmar o real em patamares próximos a R$ 5,50.


Post a Comment