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Carlos Santos reflete sobre o silêncio após sua carta ao Presidente e ao Governador. Esperança ou invisibilidade?

  O silêncio que fala alto: quando a esperança sussurra antes de ser anunciada Por Carlos Santos Ao centro meu amigo Enfermeiro Mário Serrão, lado direito minha mãe  Rosa Santos, lado esquerdo eu Carlos Santos. Às vezes, o silêncio fala mais alto que o discurso. E eu aprendi isso aqui, no meio de uma eleição suplementar em minha cidade, Tucuruí — onde o clima é de agitação política, mas meu coração vive outro tipo de expectativa: aquele tipo que não se ouve, mas se sente. Recentemente, escrevi uma carta aberta ao Presidente Lula e ao Governador Helder Barbalho. Nela, contei minha história. Não para me vitimizar, mas para mostrar que a vida, mesmo com suas limitações, pode florescer se for regada com oportunidades justas. Pedi algo simples: um espaço. Um gesto. Uma chance de devolver ao povo tudo aquilo que a vida quase me negou. Desde então, algo mudou. Ainda não vi minha carta ser citada nos palanques. Nenhum discurso público fez menção direta a ela. Mas os sinais estão ...

Mary Daly adota postura cautelosa no Fed e defende corte de juros apenas no outono, com base em dados concretos.

 

💬 Daly: a moderação da doutrina ‘dove’ em meio à turbulência econômica

Por Carlos Santos


📚 Ponto de partida

Desde 1º de outubro de 2018, Mary Daly ocupa o cargo de presidente do Federal Reserve de San Francisco. Com trajetória marcada por quase três décadas na instituição – onde atuou como diretora de pesquisa antes de assumir a liderança – ela é reconhecida por seu perfil “dovish”: isto é, mais propensa a políticas monetárias acomodatícias voltadas ao estímulo da economia e à preservação do emprego.

Mas diante do cenário atual, mesmo os mais prudentes têm sido forçados a recalibrar suas convicções.


🔍 Zoom na realidade

A economia norte-americana vive uma encruzilhada. De um lado, o Federal Reserve enfrenta pressões para começar a cortar os juros, diante de sinais de alívio inflacionário. De outro, ainda há temores quanto à persistência de núcleos inflacionários e ao impacto das tarifas impostas em meio a tensões comerciais.

Nesse contexto, Daly tem se posicionado de forma notavelmente cautelosa. Em uma fala recente, ela afirmou com clareza: “Não creio que um corte em julho seja apropriado, a menos que haja uma deterioração persistente no mercado de trabalho”. Segundo a presidente, as decisões precisam se basear em dados firmes, e não em expectativas voláteis.


📊 Panorama em números

Indicador Valor atual Comentário
Taxa de juros do Fed 5,25% - 5,50% Estável desde julho de 2023
Inflação (Core PCE) 2,8% (anual) Acima da meta de 2%
Desemprego 4,0% Leve alta, mas ainda em níveis saudáveis
Próxima decisão do Fed 22 de junho de 2025 Expectativa dividida no comitê

💬 O que dizem por aí

Segundo reportagem do Wall Street Journal, alguns dirigentes do Federal Reserve expressaram ceticismo quanto à realização de um corte de juros já em julho, reforçando que os dados ainda não indicam uma trajetória segura de convergência da inflação à meta.

Já a agência Reuters destacou que Mary Daly vê com bons olhos a possibilidade de uma flexibilização no outono americano, desde que as condições econômicas continuem sinalizando arrefecimento da inflação sem perda substancial de emprego.

O Financial Times, por sua vez, alertou que o Fed está cada vez mais dividido. Enquanto figuras como Christopher Waller apoiam cortes já no verão, outros – como Daly – insistem que é “prematuro” tomar tal medida agora.


🧭 Caminhos possíveis

Daly representa uma escola de pensamento monetário que valoriza os sinais do mercado de trabalho e a estabilidade social como termômetros da saúde econômica. A proposta de aguardar até o outono antes de reduzir juros não é mero capricho técnico – é um sinal de responsabilidade.

No meu entendimento, esse tipo de posicionamento evita movimentos abruptos que possam enfraquecer a autoridade do Fed ou gerar instabilidade nos mercados globais.

Para o Brasil, onde a taxa Selic também enfrenta pressão por redução, a prudência da presidente do Fed de San Francisco é um exemplo a ser observado. Cortar antes da hora pode gerar euforia passageira e instabilidade duradoura.


🧠 Para pensar…

Ser “dove” nunca significou ser passivo. Significa, sim, compreender que a política monetária afeta diretamente a vida de milhões de trabalhadores, famílias e pequenos negócios.

Mary Daly tem repetido que dados são “palavras plurais”. Isso quer dizer que números isolados não bastam: é preciso ouvir os diferentes setores da economia, compreender as nuances da realidade social e agir com base em múltiplas vozes – não apenas indicadores macroeconômicos frios.

Essa abordagem pluralista é rara em bancos centrais. E, justamente por isso, é tão valiosa.


🗺️ Daqui pra onde?

O mercado global aguarda a decisão do Federal Reserve no dia 22 de junho de 2025 com expectativa dividida. Se a moderação de Daly prevalecer, o corte nos juros poderá ser adiado para setembro ou outubro. Isso terá reflexos imediatos no câmbio, nos preços das commodities e no comportamento de outras autoridades monetárias ao redor do mundo.

A próxima reunião será, sem dúvida, um termômetro da influência de Daly no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), onde ela se tornou votante efetiva desde sua nomeação.

Para nós, brasileiros, acompanhar esse movimento é vital. Afinal, quando o Fed espirra, boa parte do mundo — inclusive nossa economia — costuma pegar gripe.


📦 Box informativo 

📚 Você sabia?

Mary Daly abandonou os estudos no ensino médio, trabalhou em lojas de conveniência e só ingressou na universidade com mais de 20 anos. Seu foco em desigualdade social e justiça econômica nasce de sua própria história. Hoje, além de economista-chefe, é uma das vozes mais respeitadas na formulação da política monetária dos Estados Unidos.

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