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Carlos Santos reflete sobre o silêncio após sua carta ao Presidente e ao Governador. Esperança ou invisibilidade?

  O silêncio que fala alto: quando a esperança sussurra antes de ser anunciada Por Carlos Santos Ao centro meu amigo Enfermeiro Mário Serrão, lado direito minha mãe  Rosa Santos, lado esquerdo eu Carlos Santos. Às vezes, o silêncio fala mais alto que o discurso. E eu aprendi isso aqui, no meio de uma eleição suplementar em minha cidade, Tucuruí — onde o clima é de agitação política, mas meu coração vive outro tipo de expectativa: aquele tipo que não se ouve, mas se sente. Recentemente, escrevi uma carta aberta ao Presidente Lula e ao Governador Helder Barbalho. Nela, contei minha história. Não para me vitimizar, mas para mostrar que a vida, mesmo com suas limitações, pode florescer se for regada com oportunidades justas. Pedi algo simples: um espaço. Um gesto. Uma chance de devolver ao povo tudo aquilo que a vida quase me negou. Desde então, algo mudou. Ainda não vi minha carta ser citada nos palanques. Nenhum discurso público fez menção direta a ela. Mas os sinais estão ...

Um apelo de coração para uma oportunidade justa

 

Carta aberta ao Presidente Lula e ao Governador Helder Barbalho:

Um apelo de coração para uma oportunidade justa

A cop30 será sediada aqui no Pará, uma ótima oportunidade para reparo de danos, corrigir erros e apoiar o mundo


Por Carlos Santos
Tucuruí (PA), junho de 2025

“Prezados, sou Carlos Santos, comunicador independente e morador de Tucuruí – PA. Redigi esta carta aberta direcionada ao Presidente da República e ao Governador do Estado como manifestação pública sobre exclusão social, invisibilidade urbana e esperança de transformação no contexto da COP30. Acredito que o conteúdo também dialoga com a missão do ONU-Habitat. Por isso, envio para consideração e eventual apoio. Cordialmente, Carlos Santos.”


Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva,

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Pará,
Helder Barbalho,

Com humildade e profundo respeito, venho por meio desta carta fazer um apelo carregado de verdade, história, dignidade e esperança. Não é um pedido comum — é um clamor por reparação, inclusão e reconhecimento humano.


🧍‍♂️ Quem sou eu?

Meu nome é Carlos Santos, sou cidadão paraense, editor de blog, comunicador popular e, sobretudo, um brasileiro que nunca perdeu a fé no poder transformador do Estado e no coração generoso daqueles que governam com amor ao povo.

Nasci em 1985, aqui no interior do Pará, e como tantas crianças da época, recebi as vacinas públicas que salvaram tantas vidas. Porém, algo deu errado no meu caso: uma reação adversa quase me levou à morte nos primeiros anos de vida. Minha mãe me salvou com amor e instinto. Foi ela minha mãe, que me levou para o hospital da empresa nas proximidades da UHE-Tucuruí, onde fui atendido.

Graças a isso, sobrevivi. Mas fiquei com sequelas neurológicas que carrego até hoje. Sou deficiente mental moderado, com lentificação difusa, nervos sensíveis e limitações cognitivas que afetam minha forma de aprender, interagir e processar o mundo.

Mas isso nunca me impediu de lutar. Nunca.


📘 Educação e esforço

Participei do tão sonhado e disputado Concurso Nacional Unificado — o chamado “ENEM dos concursos”. Fiz a prova para um cargo na FUNAI, com o desejo de servir ao nosso povo originário, contribuir com respeito e entrega a uma das causas mais sagradas do Brasil: a proteção dos povos indígenas.

Passei. Fui aprovado.
Mas, infelizmente, minha colocação não alcançou o número de vagas disponibilizadas.


🧭 Um pedido que vai além do cargo

Senhor Presidente, senhor Governador, não venho aqui pedir um favor político ou um privilégio injusto. Venho pedir uma oportunidade para reparar os danos que sofri na vida — e transformar essa dor em entrega ao povo.

Peço que, dentro da legalidade e da sensibilidade que os senhores já demonstraram tantas vezes, seja possível uma lotação especial no cargo para o qual estudei e fui aprovado. Sei que há mecanismos possíveis dentro da administração pública para nomeações suplementares, sobretudo quando se trata de inclusão de pessoas com deficiência e de ações afirmativas.

Mais que um pedido técnico, esse é um ato de humanidade.


💚 Helder, meu Governador

Governador Helder Barbalho, o senhor é, para muitos de nós, o melhor governador da história do Pará. Cuida do povo com firmeza e carinho. Tem mostrado que é possível governar com amor e com dignidade. É por isso que faço este apelo diretamente ao senhor: me receba, me ouça, me acolha.

Sou um cidadão do seu Estado, moro em Tucuruí, acompanho com admiração sua trajetória e apoio seu projeto político com fé. E hoje, mais do que nunca, preciso da sua sensibilidade.


❤️ Lula, meu Presidente

Presidente Lula, o senhor é o homem que mais representa o Brasil real, o Brasil que sonha, luta, sofre e resiste. O senhor conhece a dor da exclusão e a alegria da superação. O senhor já deu oportunidades a milhões de pessoas invisíveis — e eu sou uma dessas pessoas que só precisam de um espaço para florescer.

Quero apenas poder contribuir com a minha pátria, com o meu Estado, com o meu povo.


📜 Conclusão: por justiça, por dignidade, por amor ao Brasil

Esta carta é, acima de tudo, um registro simbólico de um cidadão que tem limitações, sim — mas que carrega dentro de si uma força que nenhuma deficiência conseguiu apagar: a força da esperança.

Peço, com todo o meu coração: olhem para mim, me deem a mão, me incluam.

Com gratidão, fé e humildade,

Carlos Santos
Editor do Blog Diário do Carlos Santos
Tucuruí (PA)

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