Ouro testa suporte em US$ 3.340 sob pressão baixista. Entenda os fatores macroeconômicos que explicam esse movimento do mercado.
Ouro testa suporte em US$ 3.340 à medida que crescem pressões baixistas
Por Carlos Santos
Hoje, acompanhei de perto o movimento do ouro (XAU/USD), que vem sendo pressionado nos últimos dias, trazendo à tona uma pergunta fundamental: até que ponto esse metal continua sendo um porto seguro em um mundo instável?
🔍 Contexto e dados recentes
Na sexta-feira passada, o metal caiu quase 0,8%, cotado a US$ 3.334, e encerrou a semana com uma queda acumulada de 2,5% . Segundo a FXStreet, este movimento “está ampliando um momento baixista após romper um padrão de alta em cunha”, com investidores agora de olho se os patamares de US$ 3.340 e US$ 3.300 serão mantidos .
Cenário adicional: perspectivas de respiro no Oriente Médio, impulsionadas por conversas diplomáticas entre Irã e Europa e pela decisão de Donald Trump de adiar uma possível intervenção militar, reduziram parte da demanda por ativos considerados “refúgios seguros” .
📊 Panorama em números
Indicador | Valor | Comentário |
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Spot gold | US$ 3.334/oz | −0,8% no dia |
Variação semanal | −2,5% | Primeira queda significativa em 6 semanas |
Suporte técnico | US$ 3.340 e US$ 3.300 | Testes críticos na estrutura |
Projeção Citi | US$ 2.800–3.300 | Previsão para final de 2025/início de 2026 |
💬 O que dizem por aí
“Macroeconomic developments… steady yields and renewed USD strength have not supported the (gold) price.”
— analistas do ANZ.
“Gold has extended its reversal … and is under growing bearish momentum.”
— FXStreet.
“A stronger dollar makes gold more expensive for holders of other currencies.”
— Reuters.
🧠 Minha análise
Sinto que estamos vivendo uma encruzilhada: o ouro ainda preserva seu valor simbólico como hedge, mas as forças estruturais contrárias—um dólar robusto e céu limpo no Oriente Médio—estão fragilizando sua atratividade.
A recente resistência em US$ 3.340 e o risco de um rompimento até US$ 3.300 podem sinalizar um ajuste de posição dos investidores, mesmo que o metal mantenha apelo em crises futuras.
Também me chama atenção a previsão do Citi, sugerindo que US$ 3.300 pode virar teto e os preços recuarem até US$ 2.800–2.700 em meados de 2026. Isso revela como o comportamento do dólar e o ciclo de crescimento nos EUA permanecem decisivos.
🧭 Para pensar...
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E se dependemos demais do ouro como proteção?
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Será que a diversificação em ativos real (ações, imóveis, criptos?) não está mais alinhada com nosso contexto atual?
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Como balancear risco e retorno em um cenário global imprevisível?
🗺️ Daqui pra onde?
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Leia relatórios do Citi, ANZ e bancos centrais para se atualizar sobre posicionamentos.
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Monitore indicadores como taxas de juros e dólar forte — eles continuam moldando a trajetória do ouro.
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Busque fontes técnicas como FXStreet e Reuters para entender os suportes/resistências e volumes.
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Reavalie sua carteira considerando cenários bullish e bearish, com limites de segurança para quedas.
📦 Box informativo
Você sabia? O Citi, em nota publicada esta semana, revisou suas metas de preço: de US$ 3.500 em 1–3 meses para US$ 3.300, com expectativa de chegar a US$ 2.800 até o fim de 2025 ou início de 2026 .
✍️ Conclusão
O ouro não perdeu sua relevância — mas o contexto mudou. O que era considerado um investimento defensivo pode agora exigir posicionamento estratégico. Se você acompanha essa mina amarela, fique atento: os próximos dois níveis de suporte (US$ 3.340 / US$ 3.300) podem definir se o metal volta a ser protagonista ou dá lugar a outras reservas de valor.
Eu sigo de olho — e convido você a refletir: como o ouro se encaixa na sua visão de futuro?
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