De diarista a vice-prefeita: conheça a história de Claudinha, que agora disputa a Prefeitura de Tucuruí com apoio popular e perfil renovador.
A nova cara da política em Tucuruí: Claudinha e a força da superação popular
Por Carlos Santos
🔍 Zoom na realidade: quem é Claudinha?
Claudia Gonçalves Ferreira — mais conhecida como Claudinha (MDB, número 15) — é uma mulher que carrega no rosto e na trajetória a marca da superação. Aos 28 anos, natural de Baião (PA), Claudinha já enfrentou a vida como balconista de loja, diarista e empregada doméstica. Sua vivência nas periferias da realidade brasileira não é apenas biográfica: é sua credencial de conexão com o povo.
![]() |
AO CENTRO CARLOS SANTOS LADEADO POR LADO DIREITO CLAUDINHA E LADO ESQUERDO A DEPUTADA FEDERAL ANDRÉIA SIQUEIRA |
Formada em Serviço Social, ela se tornou vice-prefeita de Tucuruí em 2024, na chapa liderada pelo então prefeito Alexandre Siqueira. Com a convocação das eleições suplementares marcadas para 3 de agosto de 2025, e o afastamento da gestão anterior, Claudinha se tornou o nome natural do MDB para dar continuidade ao projeto municipal, agora como candidata à prefeita.
Assim como o Presidente Lula — que saiu do chão de fábrica para o mais alto cargo político do país —, Claudinha personifica o sonho possível de ascensão por meio da política. Sua história de vida fortalece seu discurso de renovação com representatividade real.
📈 Panorama interno: pontos fortes e críticos
Pontos fortes:
Trajetória de superação — ex-diarista e empregada doméstica, representa as classes populares.
Formação técnica em serviço social — domínio sobre políticas públicas e programas sociais.
Base governista — conta com o apoio da atual gestão municipal.
Desafios imediatos:
Falta de experiência executiva plena — apesar de vice-prefeita, ainda não exerceu um mandato próprio.
Concorrência com nomes consolidados — como Eliane Lima (PL), que já possui capital político local.
Expectativa de continuidade versus inovação — Claudinha precisa equilibrar o legado do atual governo com propostas próprias.
💬 O que dizem por aí
Em análise publicada pelo portal Ver-o-Fato, Claudinha foi descrita como "uma mulher simples, que entende o cotidiano da maioria da população tucuruiense e que carrega, na fala mansa, a força de quem já foi esquecida e agora deseja representar".
Já segundo o colunista político Júlio César Lima, do site Liberal Digital, "a disputa de agosto será um teste entre a empatia da narrativa popular de Claudinha e a articulação consolidada de nomes experientes como Eliane Lima."
🧭 Caminhos possíveis para sua campanha
Reforçar sua origem popular — posicionar-se como alguém que conhece a realidade da periferia.
Fortalecer um discurso de continuidade com inovação — garantindo a boa gestão e implementando melhorias.
Mobilizar juventude e mulheres — ampliar apoio em nichos sociais específicos.
Criar identidade visual forte — que represente a figura da mulher forte, do povo e próxima.
Aproximar sua campanha da lógica de ascensão do povo para o povo — assim como ocorreu com Lula no cenário nacional.
🧠 Opinião do autor: Quando o preconceito revela mais sobre quem ataca do que sobre quem é atacado
Não é incomum, na política brasileira, que lideranças oriundas das camadas populares sejam vistas com desdém por parte das elites locais. Claudinha é o mais recente alvo dessa velha prática: foi chamada de “barata tonta”, menosprezada com perguntas como “que trajetória política tem essa mulher?”. Frases como essas não dizem
![]() |
CARLOS SANTOS |
nada sobre a competência de Claudinha — mas dizem muito sobre o preconceito estrutural que ainda habita o discurso político.
Claudinha foi balconista, diarista e empregada doméstica. Não por falta de opção, mas porque precisava pagar seus estudos com o próprio esforço. Trabalhou duro para conseguir se formar em Serviço Social — profissão que, ironicamente, exige empatia e escuta, valores que muitos de seus opositores parecem desconhecer. Após concluir sua graduação, ingressou na Secretaria de Assistência Social, onde ganhou respeito e reconhecimento por sua atuação firme, humana e técnica.
Com muita luta, ela construiu sua trajetória. Enfrentou preconceito racial, suportou a segregação silenciosa das estruturas institucionais e superou o bullying político e social que ainda hoje persegue figuras populares. Não foi o acaso que a levou até aqui — foi o mérito. Claudinha venceu.
Quando Claudinha sobe ao palanque, ela não representa apenas a si mesma. Ela leva consigo a voz de diaristas, de balconistas, de mulheres que trabalham dobrado para sustentar a casa e ainda são invisibilizadas. A política brasileira precisa de mais “baratas tontas” com coragem de ser quem são — e menos ratos engravatados que temem perder seus privilégios.
Parabéns, Claudinha. Sua história é, sem dúvida, um exemplo de superação. E como seu apoiador, deixo aqui minha admiração mais sincera.
Carlos Santos
📦 Box informativo
📚 Você sabia?
Claudinha foi balconista, diarista e empregada doméstica antes da política.
Tem 28 anos, é formada em Serviço Social.
Em 2024, foi eleita vice-prefeita de Tucuruí na chapa do MDB.
Disputa as eleições suplementares de 3 de agosto como principal nome da base do governo atual.
Comentários
Postar um comentário