Tesouro Direto em alta: descubra se ainda vale a pena investir em 2025. Análise completa com riscos, vantagens e oportunidades. - DIÁRIO DO CARLOS SANTOS

Tesouro Direto em alta: descubra se ainda vale a pena investir em 2025. Análise completa com riscos, vantagens e oportunidades.

 

💰 Tesouro Direto em 2025: ainda vale a pena investir?

Tesouro Direto em 2025: ainda vale a pena investir?

Por Carlos Santos

Num momento em que o cenário fiscal brasileiro está mais incerto do que nunca, o Tesouro Direto volta ao centro das atenções. Afinal, em meio a aumentos das taxas, expectativas de inflação e pressão sobre os juros futuros, a renda fixa voltou a brilhar – mas será que o Tesouro Direto ainda é uma boa escolha para o investidor consciente em 2025?


Neste post, vamos analisar profundamente as perspectivas, riscos e oportunidades envolvidas nesse tipo de investimento, com foco no investidor pessoa física e suas estratégias de longo prazo.


O que é o Tesouro Direto e por que ele voltou aos holofotes?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite ao investidor comum comprar títulos da dívida pública diretamente pela internet, com aporte inicial a partir de R$ 30. Em termos simples, quando você compra um título do Tesouro, está emprestando dinheiro ao governo — e, em troca, recebe uma taxa de retorno definida no momento da compra (prefixada ou indexada à inflação/Selic).

Com as recentes movimentações da política fiscal e da taxa básica de juros (Selic), os títulos passaram a oferecer rentabilidades atrativas acima de 6% reais ao ano, superando boa parte dos investimentos de renda variável em termos de risco-retorno.


O impacto da MP do IOF e a desconfiança do mercado

Na última semana, o governo federal sinalizou que pode editar uma Medida Provisória para reonerar parcialmente o IOF sobre fundos exclusivos, medida que afetaria principalmente grandes investidores. Isso gerou um forte movimento de fuga para o Tesouro Direto, considerado mais previsível e seguro.

Ao mesmo tempo, aumentou a volatilidade dos juros futuros e, com isso, as taxas dos títulos subiram novamente, beneficiando quem compra agora e segura até o vencimento.

Esse movimento foi acompanhado de perto pelo mercado, e inclusive registrado pelo próprio portal do Tesouro Nacional, que notificou alta procura nos títulos IPCA+ de longo prazo, como os com vencimento em 2035 e 2045.


Quais os melhores títulos do Tesouro Direto hoje?

Com base nas taxas praticadas no fechamento do dia 10/06/2025, alguns dos papéis mais atrativos são:

  • Tesouro IPCA+ 2035: Pagando inflação + 6,30% ao ano

  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045: IPCA + 6,50% ao ano

  • Tesouro Selic 2027: Taxa básica + pequena remuneração adicional (~0,10%)

Essas opções são especialmente vantajosas para quem busca proteção contra a inflação de longo prazo, além de estabilidade nos fluxos de caixa (nos títulos com cupom semestral).


O que considerar antes de investir?

Apesar da atratividade atual, investir no Tesouro Direto exige atenção com alguns pontos essenciais:

  1. Marcação a mercado: Se você vender antes do vencimento, pode ter prejuízo, mesmo que o título esteja com rendimento positivo.

  2. Horizonte de investimento: O ideal é manter o título até o vencimento. Isso garante o rendimento contratado.

  3. Custos: Apesar de zerada a taxa de custódia para Tesouro Selic até R$ 10 mil, os demais títulos pagam 0,2% ao ano.

  4. Tributação regressiva: Quanto mais tempo você mantiver o título, menos IR pagará — chegando a 15% após 720 dias.


Comparação com outras opções de renda fixa

O Tesouro Direto concorre diretamente com:

  • CDBs de bancos médios: Que oferecem taxas próximas (ou até superiores) ao Tesouro IPCA+, porém com mais risco.

  • LCIs e LCAs: Isentas de IR, mas com menor liquidez.

  • Fundos DI e de crédito privado: Sofrem impacto maior com as oscilações do mercado, taxas e volatilidade.

No final, o Tesouro Direto ainda se destaca por segurança, previsibilidade e simplicidade, sendo ideal para perfis mais conservadores ou para diversificação de carteira.


O que esperar do Tesouro Direto nos próximos meses?

Dado o cenário atual, é possível prever três caminhos principais:

  1. Manutenção da Selic em níveis elevados até o fim do ano, o que sustenta as boas taxas.

  2. Pressão fiscal aumenta, e o mercado exigirá retornos maiores do Tesouro para continuar financiando a dívida pública.

  3. Inflação sob controle até agosto, pode motivar o Banco Central a reduzir a Selic, diminuindo a atratividade futura dos títulos novos.

Ou seja: quem investir agora pode travar boas rentabilidades por muitos anos.


Perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto

1. Posso perder dinheiro no Tesouro Direto?
Sim, se você vender seu título antes do vencimento e a taxa de mercado estiver desfavorável. Mas se mantiver até o fim, recebe o rendimento prometido.

2. Qual título é melhor para começar?
O Tesouro Selic é o mais recomendado para iniciantes, por sua estabilidade e liquidez diária.

3. Posso aplicar todo mês?
Sim! Você pode programar aportes mensais, o que é excelente para construir uma reserva de longo prazo.

4. É possível viver de renda com Tesouro Direto?
Sim, com planejamento e volume de investimento adequado, especialmente com títulos que pagam juros semestrais.


Minha opinião

Na minha leitura, o Tesouro Direto segue como uma das melhores opções para quem quer rentabilidade real e segurança em tempos de incerteza. É, acima de tudo, uma forma do pequeno investidor proteger seu patrimônio sem abrir mão da previsibilidade.

A janela atual é especialmente vantajosa para quem pensa no longo prazo, em especial nos títulos IPCA+. Porém, atenção: rentabilidade elevada quase sempre caminha ao lado de instabilidade macroeconômica. Estude, compare, e monte sua estratégia com clareza.


📦 Box informativo 

📚 Você sabia?

O Tesouro Direto já soma mais de 2,5 milhões de investidores ativos no Brasil e movimenta, em média, mais de R$ 4 bilhões por mês em novos aportes? A popularização desse investimento transformou a forma como o brasileiro lida com a renda fixa. Mas lembre-se: entender os riscos é tão importante quanto olhar as taxas!

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